Educadora guineense assegura gratuitamente a educação de 59 crianças.
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Por Janaina Abreu - Comunicação IPF - 22/01/2020
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Em 2018, Ramatulai Djalo iniciou o que seria uma escola de educação infantil, em Guiné Bissau, país da África Ocidental. “As crianças tinham aula na rua”, conta a administradora e educadora infantil, de 40 anos, que trabalha para assegurar a educação de algumas crianças, em seu país natal.
A “escola” funcionou durante um ano, atendendo gratuitamente nove crianças de 3 a 6 anos de idade. Em 2019, Ramatulai alugou uma casa e criou oficialmente a Escola Jardim Escolar Paulo Freire.
“No final de cada mês, pago o aluguel com meu próprio dinheiro e com a ajuda de amigos. Inicialmente eram 67 crianças atendidas, mas, infelizmente, oito desistiram, porque parei de oferecer lanche; não tenho mais verba para isso”, lamenta Ramatulai.
Em Guiné-Bissau, mais de 29% das crianças em idade escolar estão fora do sistema educativo, segundo a Rede da Campanha de Educação Para Todos (RECEPT-GB). Ou seja, apenas duas em cada dez crianças guineenses têm a oportunidade de frequentar o jardim de infância, segundo estudo da Fundação Fé e Cooperação (FEC), realizado em parceria com o Ministério da Educação da Guiné-Bissau, divulgado em julho de 2019.
Sobre dar o nome do educador brasileiro à sua escola, Ramatulai afirma: “Escolhi o nome de Paulo Freire para minha escola, porque admiro muito seu trabalho, sua obra. Não quero nunca me esquecer de Paulo Freire. Aqui em Guiné-Bissau, este educador é muito respeitado”.
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