Fóruns
1. Fórum Paulo Freire
Quase um ano depois da morte de Paulo Freire (2 de maio de 1997), realizou-se, em São Paulo, com uma significativa participação de freirianos e freirianas de todo o mundo, o I Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire. Em razão da qualidade do fórum, de sua afirmação internacional e das demandas provenientes do crescimento do movimento freiriano no Brasil e no mundo, os Institutos Paulo Freire, em parceria com outras instituições, convencionaram realizar, de dois em dois anos, eventos congêneres, em outros países.
Nos anos pares subsequentes, foram realizados outros encontros internacionais e, como no primeiro, nesses espaços desenvolveram-se reflexões em torno de um eixo temático, que Paulo Freire denominara “unidade epocal”. Segundo o próprio Freire, uma unidade epocal “se caracteriza pelo conjunto de ideias, de concepções, esperanças, dúvidas, valores, desafios, em interação dialética com seus contrários, buscando plenitude” (FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 6ª ed., Rio de Janeiro, 1978, p. 109).
O Fórum Paulo Freire consiste num espaço de estudo e atualização do legado de Paulo Freire e de fortalecimento de vínculos por meio de encontros entre pessoas e organizações que desenvolvem trabalhos e pesquisas na perspectiva da filosofia freiriana. Estrutura-se em duas dimensões: presencialmente, nos encontros internacionais a cada biênio, e virtualmente, por meio de discussões na Internet.
Além de suas especificidades temáticas, trata-se, sobretudo, de um movimento na comunidade freiriana. Não é apenas em razão de uma memória histórica, a fim de recuperar e avaliar as quatro décadas dessa revolucionária filosofia educacional. É, sobretudo, pela necessidade pedagógica de retomar suas raízes, atualizando-as à luz dos novos desafios. Trata-se de, mais uma vez, refletir criticamente sobre uma das importantes lições deixadas pelo mestre Paulo Freire que, coerente com sua proposta, alertou aos que se identificam com sua práxis a respeito do perigo da mitificação e a necessidade de atualização e reinvenção de seu legado.
Saiba mais em: http://forum.paulofreire.org
2. Fórum Social Mundial
O Fórum Social Mundial (FMS) é um encontro anual internacional articulado por movimentos sociais, ONGs e pela comunidade civil para discutir e lutar contra o neoliberalismo, o imperialismo e, sobretudo, contra desigualdades sociais provocadas pela Globalização.
Nos encontros do FMS objetiva-se promover debates abertos descentralizados, assim como a formulação de propostas que sirvam de alternativas para o padrão econômico e social mundial, a troca de experiências entre os diversos movimentos sociais e a promoção de uma articulação entre pessoas, movimentos e instituições que se opõem ao neoliberalismo.
O primeiro encontro do Fórum Social Mundial aconteceu em 2001, na cidade de Porto Alegre (RS). Nesse encontro, quatro grandes temas foram debatidos: a) a produção de riquezas e a reprodução social; b) o acesso às riquezas e à sustentabilidade; c) a afirmação da sociedade civil e dos espaços públicos e d) poder político e ética na nova sociedade.
Um dos objetivos principais do FSM de 2001 foi o de estabelecer uma oposição ao Fórum Econômico Mundial, realizado anualmente desde 1974, em Davos (Suíça), e que é sustentado por mais de mil empresas multinacionais, em defesa da melhoria e expansão do neoliberalismo.
3. Fóruns de EJA
Os fóruns de EJA apresentam-se como espaço de interlocução e discussão entre os vários segmentos interessados na educação de jovens e adultos e buscam propor ações que contribuam na construção de políticas públicas que efetivem o direito à educação independente da idade como proclamado na Constituição de 1988.
Estrategicamente, por uma articulação em rede em parceria com diversas instituições, realizam anualmente, desde 1999, os Encontros Nacionais de Educação de Jovens e Adultos - ENEJAs.
Saiba mais em: http://forumeja.org.br/
4. Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) congrega entidades da sociedade para enfrentar os problemas da área no país. São mais de 500 filiadas, entre associações, sindicatos, movimentos sociais, organizações não-governamentais e coletivos que se articulam para denunciar e combater a grave concentração econômica na mídia, a ausência de pluralidade política e de diversidade social e cultural nas fontes de informação, os obstáculos à consolidação da comunicação pública e cidadã e as inúmeras violações à liberdade de expressão.
Organizado em quase todo o Território Nacional, em 20 Comitês Estaduais ou Regionais pela Democratização da Comunicação, o FNDC nasceu nos anos 80 como movimento social pela democratização da comunicação. Nessa época, teve papel essencial no embate político, institucional e teórico sobre o setor.
Saiba mais em: http://fndc.org.br