Mesa de diálogo realizada no Fórum Social Mundial 2018, na Bahia, contou com a participação de Moacir Gadotti, presidente o IPF.
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A Mesa de Diálogo “A educação frente às políticas neoliberais: resistências e propostas”, que fez parte da programação do Fórum Social Mundial 2018, em Salvador, foi realizada no dia 14 de março e teve como palestrantes Moacir Gadotti (Instituto Paulo Freire), Mariana Dias (UNE), Rosa Elva Zuniga (CEAAL), Vicent Mauri (Confederación Intersindical STES), Alessio Surian (UNIPD e UPU) e Pedro Gorki (UBES), além da apresentação de dois relatos de experiências de educação emancipadora, com Francisca Elenir Alves (Programa Todos pela Alfabetização TOPA) e Laura Garcia (bacharelados populares em Buenos Aires).
As respostas elaboradas pelos participantes da mesa de diálogo, a partir das discussões e reflexões na atividade são as seguintes:
Resistir:
À mercantilização da educação, à entrega das universidades ao capital estrangeiro. Universidade não se vende, se defende.
À criminalização de movimentos estudantis.
Ao crime que o governo golpista está fazendo com a alfabetização, com cortes políticos a verbas de estados que possuem governos de oposição.
À mudança da função social da escola. A escola deve ser emancipadora e não adestradora, tendo como objetivo o mercado.
Como:
Lutar pelo direito à educação, unidos aos movimentos sociais e populares que defendem esse direito.
Reinventar nossas lutas e nossas pedagogias, desenvolvendo pedagogias feministas, pedagogias da revolução, que promovem a leitura do mundo e a construção de possibilidades de enfrentamento, de transformação.
Construir um grande movimento nacional contra os avanços do neoliberalismo.
Realizar uma caravana que percorra as universidades do país, promovendo debates sobre a importância da garantia de uma educação pública, gratuita e de qualidade social.
Realizar alianças entre partidos políticos e associações de pais e estudantes , criando uma plataforma pela escola pública. Fortalecer lutas coletivas em defesa de direitos comuns, a partir dos ataques sofridos nos diferentes territórios.
Fortalecer o diálogo, o compartilhar de experiências de educação emancipadora e de resistência à mercantilização da educação, ente os diferentes países.
Realizar novas edições do FMEPT- Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica.
Recuperar a história da primavera estudantil de estudantes secundaristas de 2015, sistematizar e divulgar.
Denunciar as intervenções e a destruição das universidades públicas. Defender a existência de universidades emancipadoras que contribuam para a soberania nacional.
Buscar fortalecer os sindicatos, recuperando seu potencial de intervenção.
Criar plataformas de governo aberto, que possibilitem o diálogo entre pessoas e grupos de diferentes posições políticas.
Fazer educação política em todos os espaços, “inclusive na mesa e na cama”.
Refletir sobre qual projeto de nação estamos construindo?
Garantir espaços de exercício de cidadania desde a infância.
Quando:
Agora. Fortalecer o Fórum Mundial de Educação e potencializar sua incidência.