Em artigo exclusivo, Moacir Gadotti, presidente de honra do Instituto Paulo Freire, defende a Extensão como “comunicação de saberes (acadêmico e popular)”, tendo a Educação Popular como referencial.
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Extensão Universitária: Para quê?
Moacir Gadotti
Presidente de Honra do Instituto Paulo Freire
Professor aposentado da Universidade de São Paulo
A ideia da curricularização da extensão universitária não é nova. Ela apareceu primeiramente no Plano Nacional de Educação 2001-2010 em suas metas 21 e 23, instituindo a “obrigatoriedade de 10% dos créditos curriculares exigidos para a graduação, integralizados em ações extensionistas”.
Essa obrigatoriedade reapareceu no PNE de 2014-2023, na sua estratégia 7 da meta 12, com a seguinte redação: “assegurar, no mínimo, 10% (dez por cento) do total de créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão universitária, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência social”.
Observe-se a existência de importante avanço entre a visão da Extensão Universitária do primeiro para o segundo PNE: o PNE de 2014 sustenta uma visão mais popular e emancipatória, representada pela prioridade que é data à atuação em “áreas de grande pertinência social”.
Esse estudo objetiva refletir sobre as oportunidades que a nova centralidade da Extensão Universitária oferece para pensar a universidade como um todo, tendo a Educação Popular como referencial.
Ao escrever este artigo, inicialmente, dei o título Curricularização da Extensão Universitária na perspectiva da Educação Popular. Depois, lembrei-me de um grande amigo, Rubem Alves, que publicou, na Revista Reflexão, um artigo com o título Pesquisa: para quê? questionando a universidade a partir de suas pesquisas. Entendo que a curricularização da extensão também questiona o sentido da universidade. Seguindo o exemplo de Rubem Alves mudei meu título.
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