Décima edição do Prêmio Paulo Freire tem recorde de inscrições

Premiação, que reconhece trabalhos que melhoram a qualidade da educação pública, tem 140 projetos inscritos.

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             Prêmio estimula iniciativas comprometida com o processo de ensino                                            Foto: André Bueno / CMSP

 

Assim como acontece todos os anos, em comemoração ao aniversário de Paulo Freire (19 de setembro), foi realizada na noite do dia 18 de setembro, em Sessão Solene, na Câmara Municipal de São Paulo, a 10a edição do Prêmio Paulo Freire de Qualidade de Ensino Municipal.


O principal objetivo da premiação é estimular e valorizar as iniciativas que, com alternativa e criatividade, estejam alinhadas a uma política educacional comprometida com o processo de ensino.


A solenidade de entrega do Prêmio Paulo Freire de 2015 foi conduzida pelo vereador Reis (PT), que também preside a Comissão de Educação na Câmara. O parlamentar acredita que a premiação não apenas coloca em destaque os trabalhos das escolas, mas também incentiva a continuidade.


“Esse prêmio valoriza os projetos de educação e aqui várias escolas apresentaram suas iniciativas e foram analisadas. Isso nada mais é do que estimular, exaltar aqueles que lutam por uma educação de qualidade, que realmente trabalham para que São Paulo seja uma cidade educadora”, afirmou Reis.


Vencedora de 2015

 Premio Paulo Freire1

‘Arte e intervenção social’, iniciativa da EMEF Professor Aurélio Arrobas Martins, situada no distrito de Itaquera, zona lesta da cidade, foi a grande vencedora na décima edição do Prêmio Paulo Freire. O projeto consiste em organizar na segunda edição do livro “Entre versos controversos: o canto de Itaquera”, as diferentes ações artísticas produzidas pelos estudantes.


“Os alunos publicaram o segundo volume de poesias no sentido de transformar a realidade de onde eles vivem, transformar a realidade da periferia de Itaquera, onde a escola está localizada”, explicou Daniel Carvalho de Almeida, organizador do projeto.


Carvalho contou que o projeto nasceu a partir da ideia transmitida em um verso do poeta alemão Bertold Brecht. “A árvore é xingada de estéril, mas quem analisa o solo? O galho estava seco e se quebrou, mas alguém perguntou se havia neve sobre ele?”

 

A Salva de Prata de segundo lugar ficou com o projeto “Etnia: Um estudo sobre as histórias, cultura, opressão e a resistência da população afro-brasileira”, do CIEJA Sapopemba, representada pelos responsáveis Denis Ricardo Bezerra, Maria das Graças de Oliveira Galvão e Douglas Sanches da Silva.


Já a Salva de Prata de terceiro lugar foi para o EMEI Dona Leopoldina, com o projeto ‘Pequenos conselheiros, grandes ideias’. A escola foi representada pelos responsáveis Márcia Covelo Harmbach, Simone Cavalcanti da Silva e Iveline Santos Zacharias.

 

Sobre a premiação
Na edição 2015, 140 projetos foram inscritos, totalizando o maior número de iniciativas desde que a premiação começou a ser entregue. Todas os projetos passaram pelo crivo da Comissão Julgadora composta pela Secretaria Municipal de Educação, Comissão Permanente de Educação, Cultura e Esportes da Câmara, SINPEEM (Sindicato dos Profissionais de Educação no Ensino Municipal de São Paulo), UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas).


O Prêmio Paulo Freire de Qualidade de Ensino Municipal, entregue anualmente na Câmara Municipal, está na sua décima edição. O principal objetivo da premiação é estimular e valorizar as iniciativas que, com alternativa e criatividade, estejam alinhadas a uma política educacional comprometida com o processo de ensino.


No ano passado, o Projeto ‘Abram alas para a cultura popular brasileira’, do CIEJA (Centro de Integração de Ensino de Jovens e Adultos) Clóvis Caitano Miquelazzo, localizado no Parque Bristol, na zona sul, foi o grande vencedor.


Na política, Freire foi secretário municipal de Educação na gestão da prefeita Luiza Erundina, entre os anos de 1989 e 1991. Foi com base na sua forma de enxergar a educação que o educador marcou sua gestão com a implantação do MOVA (Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos), um programa criado e mantido por uma aliança política e pedagógica entre os movimentos organizados da cidade e a administração municipal.


Confira matéria produzida pela TV Câmara São Paulo

https://www.youtube.com/watch?v=eczeCqLWVI8

 

 Matéria originalmente publicada no site da Câmara Municipal de São Paulo

http://www.camara.sp.gov.br/blog/escola-de-itaquera-vence-decima-edicao-do-premio-paulo-freire/