Campinas: formação da rede socioassistencial

Encerramento da Formação contou com o seminário sobre aprendizagens do processo formativo.


No dia 9 de dezembro encerrou-se o curso “Formação da rede socioassistencial de Campinas 2014” com a realização do Seminário “Aprendizagens do processo formativo promovido pela Proteção Social Básica de Campinas”. O projeto de formação com os trabalhadores(as) dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), dos Distritos de Assistência Social (DAS) e dos Serviços de Convivência e Fortalecimento dos Vínculos Sociais foi objeto de assessoramento pedagógico prestado pelo Instituto Paulo Freire à Secretaria Municipal de Cidadania e à Assistência e Inclusão Social de Campinas (SMCAIS), em parceria com a Fundação FEAC. 

O encontro teve como objetivo geral refletir e identificar: os apontamentos para o reordenamento institucional; os procedimentos metodológicos para o trabalho com a família; e as perspectivas para a proteção social básica do município de Campinas.

O seminário contou com cerca de 120 participantes, dentre eles: os trabalhadores dos CRAS, dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e dos DAS; e os representantes da SMCAIS, da FEAC e do Instituto Paulo Freire.

A mesa de abertura foi composta pela representante da SMCAIS, Carmem Magda Ghetti Senra; pela secretária municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, Janete Valente; pela diretora pedagógica do IPF, Francisca Pini; e pelo representante da Fundação FEAC, Lincoln César Moreira.

Um momento de grande destaque foi quando ocorreram os quatro relatos das experiências da Proteção Social Básica no município:

O primeiro grupo foi da região norte, representado por Iara Cristina e Maria José Tófoli. Eles abordaram a experiência das “Ações Pró Fórum de Assistência Social” e destacaram a atuação em rede, que envolveu CRAS, DAS e organizações não governamentais (ONGs) e foi realizado no Educandário Eurípedes – Centro Espírita Allan Kardec (CEAK), com o objetivo de estimular e instigar os usuários, os trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e os dirigentes de ONGs a apropriarem-se dos espaços de controle social instituídos pela Política de Assistência Social.

Em seguida, o grupo da região sul, representado por Luciana Jorge e Denize Oliveira, falou sobre a “Atuação em Rede no Território de Intervenção do PAC Viracopos”, região de extrema vulnerabilidade social da cidade de Campinas. Tal atuação visou à articulação em rede entre os parceiros que desenvolvem ações no território no intuito de unir esforços para a prevenção de riscos sociais. O grupo destacou também a importância do projeto para a mobilização, fortalecimento e qualificação da rede e do território, avançando nas ações de prevenção, e ressaltou a necessidade de maior investimento público para que essas ações tornem-se efetivamente uma política pública do município.

O grupo da região noroeste foi representado por Leila Sueli Dias, Elizabeth Ximenes e Keila Felix. As representantes abordaram o “Projeto Novas Atitudes.com”, realizado no bairro Satélite Isis I, localidade considerada de alta vulnerabilidade e risco social. A ação foi desenvolvida por meio de parceria entre o CRAS Satélite, a Casa de Maria de Nazaré – Casa Hosana, o Centro Educacional e de Assistência Social Coração de Maria (CEASCOM), a Projetos Gerenciamento e Engenharia (PROGEN), a E. E. Rosina Frazatto dos Santos e a comunidade. O foco do projeto foi a articulação em rede dos parceiros que desenvolvem ações no território, de modo a unir esforços para a prevenção de riscos sociais, de crianças, adolescentes e suas famílias.

Os representantes da região leste, Gilberto de Lelis Ribeiro, Leila Maria dos Santos, Lenil Aparecida Lima, Neide Maria Costa, Neura Maria Ferreira e Patricia Caetano Menegazzi dos Santos apresentaram a experiência "Intersetorialidade da Região do CRAS Recanto Anhumas – DAS Leste", que tem o objetivo de criar um espaço para discussão e reflexão dos problemas da comunidade a fim de viabilizar canais de solução. A articulação, realizada em território com elevado índice de vulnerabilidade social, envolve: CRAS; ONGs (SETA, ANA, Anhumas Quero-Quero e Acalme); escolas; secretarias de cultura, meio ambiente e esporte; administração regional; Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (SANASA); e a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC).


 

Os relatos das experiências possibilitaram socializar o que é bom e contagiar, assim, os demais trabalhadores dos CRAS, DAS e Serviços de Convivência e Fortalecimento dos Vínculos Sociais de Campinas. Para finalizar, o seminário realizou debates com os presentes, que promoveram a construção do conhecimento pelo diálogo, com a construção de novos entendimentos e novas práticas.

 

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